Universidade Federal do Acre
Pró-reitoria de Extensão e Cultura
Diretoria de Ações de Extensão


1: Identificação da proposta
Título

Salve-me Quem Puder

Coordenador

Maria Rafaela Martins Taveira

A ação é desenvolvida exclusivamente em ambiente virtual?

Não

Local de realização

Escola de Educação Infantil Brinquedoteca.
Rua Antonio Costeira, 2241, bairro formoso
Cruzeiro do Sul- Acre

Cidade de realização

Outra(s) cidade(s)

Outra(s) cidade(s) de realização da ação

Cruzeiro do Sul / Acre

Área temática

Saúde, esporte e lazer

Área de Conhecimento

Ciências da Saúde

Centro/Unidade Integradora

Centro Multidisciplinar de Cruzeiro do Sul

Data de início da execução

05/02/2023

Data de término da execução

05/02/2024

Carga horária semanal da ação

6

Carga horária total da ação

312

Carga horária semanal do coordenador

6

Carga horária total do coordenador

312

2: Previsão de pessoas envolvidas
Estimativa de pessoas da comunidade externa a serem atendidas

100

A ação é desenvolvida ou tem parceria com alguma escola pública?

Sim

A ação é desenvolvida em parceria com outra(s) instituição(ões), em caso positivo identifique-a(s)

Faculdade de Medicina - ITPAC de Cruzeiro do Sul (Instituto Tocantinense Presidente Antonio Carlos). CNPJ: 02.941.990/0009-45.

Arquivo do termo de cooperação ou documento de intenção da parceria (email, ofício, etc.) (PDF)

Download

Não se aplica o termo de cooperação

False

3: Parceria com Escolas
escola
ESCOLA MUNICIPAL DE ENSINO INFANTIL BRINQUEDOTECA
4: Detalhamento da Ação de Extensão
Apresentação/Resumo

Os acidentes em ambiente escolar como engasgos (obstrução das vias aéreas), cortes, traumas, fraturas, afogamentos, envenenamentos, sangramentos, entre outras ocorrências sempre foram fatores de atenção e passaram a ganhar mais notoriedade a partir de 2018 com a criação da Lei Lucas (LEI Nº 13.722, DE 4 DE OUTUBRO DE 2018) que torna obrigatória a capacitação em noções básicas de primeiros socorros de professores e funcionários de estabelecimentos de ensino públicos e privados de educação básica e de estabelecimentos de recreação infantil. Com intuito de capacitar professores e funcionários do ambiente de ensino infantil em primeiros socorros pediátricos, este projeto piloto de extensão buscará preencher uma lacuna existente no âmbito da educação permanente de saúde, voltado para escolas primárias trará mais segurança e confiança para o ambiente escolar, podendo ser ampliado futuramente para mais escolas até a total cobertura da rede de ensino.

Justificativa

Desde 2018, com o sancionamento da Lei nº 13.722, conhecida como Lei Lucas, tornou-se obrigatória a capacitação em noções básicas de primeiros socorros de professores e funcionários de estabelecimentos de ensino públicos e privados de educação básica e de estabelecimentos de recreação infantil. A necessidade da lei ficou evidenciada após um acidente ocorrido com Lucas Begalli, uma criança de 10 anos de idade, que faleceu por asfixia mecânica em um passeio escolar após um engasgo com um pedaço de salsicha do cachorro-quente que serviram no lanche, na ocasião nenhum professor ou outro profissional da escola se encontrava capacitado para prestar socorros básicos contra a obstrução das vias aéreas por corpos estranhos (OVACE), nem conhecia as manobras básicas de reanimação cardiopulmonar pediátrica (RCP pediátrica).
Em seu estudo descritivo dos casos de óbitos por engasgos em crianças no Brasil, Costa e seus colaboradores (2021) apontam que de 2009 a 2019, o número de óbitos por engasgo em crianças no Brasil chegou a 2.148 casos, os acidentes por ingestão de alimentos causando obstrução do trato respiratório correspondendo a 86,4% desses casos, eles também afirmam que a faixa etária de 1 a 9 anos é a mesma acometida por OVACE independente da causa base do engasgo.
De acordo com o Ministério da Saúde (2002), é primordial que seja oferecida a promoção da saúde, com elaboração de ações para a prevenção de doenças e fortalecimento dos fatores de proteção enquanto crianças e adolescentes permanecem no ambiente escolar.
O Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil (MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO, 1998), nos traz indicações da valorização e importância que os professores devem estar aptos a garantir a segurança das crianças e auxiliarem os alunos na identificação de situações de risco, como medidas preventivas.
O Programa Saúde na Escola (Brasil, 2010), programa conjunto dos Ministérios da Saúde e Educação prevê ações que podem contribuir para a formação de estudantes da rede pública a realizar ações que promovam a redução da morbimortalidade por acidentes e violências.
Um estudo realizado na cidade de Marília-SP, por Gimeniz-Paschoal, Gonsales e Vieira (2006), demonstrou que dos 258 entrevistados, responsáveis por crianças com idade até 14 anos, atendidas em instituições de atenção primária à saúde, verificaram que 15,8% declararam ter recebido informações acerca de prevenção de acidentes infantis em escolas e 7,9% declararam ter interesse em receber informações a esse respeito.
No estudo de Sauer e Pedrolo (2013), analisadas as cinco maiores escolas da cidade de Umuarama, constataram que os acidentes mais comuns são: quedas 37%, fraturas 30% e escoriações 15%. Dos entrevistados, 65% já vivenciaram alguma emergência ou acidente na escola e 63% não se julgam capazes de agir numa situação de emergência. Dos entrevistados, 64% relataram que gostariam de receber treinamento em primeiros socorros para se sentirem mais seguros no trabalho escolar.
A capacitação do professor, bem como de toda equipe escolar, quanto à prevenção de acidentes pode garantir um ambiente mais seguro. O ambiente da escola se torna local propício a acidentes devido à grande aglomeração de crianças e adolescentes agitados, que interagem o tempo todo, a própria fase de desenvolvimento infantil e pré-adolescente predispõe a maiores exposições a situações de perigo sem que haja discernimento do indivíduo envolvido sobre os riscos (SENA, RICAS E VIANA, 2008).
A falta de conhecimentos em primeiros socorros pode gerar inúmeros problemas, como a manipulação incorreta da vítima e a solicitação, por vezes, desnecessária do socorro especializado em emergência. É primordial para o bom desfecho das emergências pediátricas que a prestação de cuidados iniciais seja realizada de forma precoce e dentro das técnicas corretas, para manter suas funções vitais na melhor condição possível, até a chegada de atendimento especializado.

Objetivo Geral

Realizar treinamento em saúde teórico-prática sobre primeiros socorros com professores do ensino infantil da uma escola da rede municipal de Cruzeiro do Sul – Acre.

Objetivos Específicos

Ensinar o reconhecimento de emergências clínicas e traumáticas que exijam acionamento do Serviço Médico de Urgência (SAMU).
Ensinar a manobra de Heimlich aplicada a diferentes idades e cuidados com OVACE.
Ensinar manobras reanimação cardiopulmonar pediátricas.
Ensinar manobras de contenção de danos até a chegada do SAMU nos casos de traumas, hemorragias, afogamentos, choque elétrico, convulsões e intoxicação exógena.

Metodologia

1ª Etapa: Será realizada uma reunião com o secretário municipal de educação e o secretário municipal de saúde para levantamento diagnóstico da situação de saúde atual e pactuar a ação, bem como, identificar a escola com maior vulnerabilidade da rede e/ou com maior necessidade de receber o projeto.
2ª Etapa: Estabelecer cronograma de ações/agenda.
3ª Etapa: Promover a capacitação dos discentes colaboradores nas técnicas de primeiros socorros que serão ensinadas pelos mesmos aos professores na escola.
4ª Etapa: Promover as capacitações aos professores e funcionários na escola de acordo com cronograma pré-estabelecido.
5ª Etapa: Realizar avaliação prática dos participantes da capacitação afim de garantir o real aproveitamento do conteúdo ensinado e possibilitando a emissão válida de certificado de capacitação prática.

Conteúdos a serem abordados

Identificação e manobras de contenção de emergência clínica (convulsões e intoxicação exógena).
Identificação e manobras de contenção de emergência traumática com aplicação do XABCDE.
Manobras de Heimlich aplicada a diferentes idades e cuidados com OVACE.
Manobras reanimação cardiopulmonar pediátricas e suas aplicações (afogado, choque elétrico, OVACE).
Técnicas de contenção de hemorragias (uso do torniquete).

Acompanhamento e Avaliação da ação

As ações serão coordenadas e acompanhadas pela docente coordenadora do projeto.
Os acadêmicos se reunirão semanalmente com a docente e colaboradores para avaliação das atividades do grupo de trabalho e para elaboração do cronograma semanal de atividades;
Avaliação mensal pela equipe do projeto enfocando os facilitadores e as dificuldades das atividades desenvolvidas.

Resultados e/ou impactos esperados

Espera-se que com a implementação das noções básicas de primeiros socorros para professores e funcionários garanta um ambiente escolar mais seguro para as crianças e que esses profissionais se sintam aptos a agir nas diversas situações de emergência que se fizerem necessárias. Esse projeto surge como um piloto para que futuramente a capacitação possa ser estendida a todas as escolas, assim como demanda a lei 13.722, DE 4 DE OUTUBRO DE 2018) que torna obrigatória a capacitação em noções básicas de primeiros socorros de professores e funcionários de estabelecimentos de ensino públicos e privados de educação básica e de estabelecimentos de recreação infantil.

Referências

BRASIL. Lei Nº 13.722, de 04 de outubro de 2018. Dispõe sobre a obrigatoriedade da capacitação em noções básicas de primeiros socorros de professores e funcionários de estabelecimentos de ensino públicos e privados de educação básica e de estabelecimentos de recreação infantil. Brasília, DF: Diário Oficial da União, 2018.
BRASIL, Ministério da Saúde, Secretaria de Políticas de Saúde, Projeto promoção da Saúde. Informes Técnicos Institucionais. A promoção da saúde no contexto escolar. Revista de Saúde Pública, v. 36, n. 2, p. 533-535, 2002.
_______________. Ministério da Saúde. Decreto nº 6.286, de 5 de dezembro de 2010. Institui o Programa saúde na Escola – PSE, e dá outras providencias, 2010. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2007/decreto/d6286.htm. Acesso em 20 de fevereiro de 2023.
_______________. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em saúde. Departamento de análise de Situação de Saúde. Política nacional de redução de morbimortalidade por acidentes e violência: Portaria MS/GM nº 737 de 16/05/01, publicada no DOU nº 96 seção 1E de 18/05/01/ Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, Departamento de Análise de Situação de Saúde. – 2.ed.- Brasília: Editora do Ministério da Saúde, p.64, 2005.
COSTA, I.O. et al. Estudo descritivo de óbitos por engasgo em crianças no Brasil. - Revista de Pediatria SOPERJ. 21(1):11-14. 2021;
GIMENIZ-PASCOAL, S.R. et al. Estratégias educativas para a prevenção de acidentes infantis para o Ensino Fundamental. In: JORNADA PEDAGÓGICA, 6, 2006, Marília. Resumo. Marília: UNESP, 2006.
SAUER, J. Pedrolo. E. Monografia: Acidentes na escola: prevenção, situações de risco e primeiros socorros. Universidade Federal do Paraná. Setor de Ciências da Saúde. Curso de Especialização em Saúde para Professores do Ensino Fundamental e Médio, 2013.
SENA, S. P.; RICAS, J.; VIANA, M. R. A. A percepção dos acidentes escolares por educadores do ensino fundamental, Belo Horizonte: Revista Med. Minas Gerais, v.18, n. 4 (supl.), p. 47-54, 2008.

5: Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Organização das Nações Unidas (ONU)

Selecione um ou mais objetivos. Quantidade de itens selecionados: 0

6: Equipe de Trabalho
Nome completo modalidade Instituição Outras Carga horária semanal Carga horária total
Eliana Sombra de Farias Colaborador discente Outra IES ITPAC 5 180
Pauliana Oliveira da Silva Colaborador discente UFAC 5 10
Yasmym Damasceno Siqueira Colaborador discente UFAC 5 10
Waleria Evangelista do Nascimento Colaborador discente UFAC 5 180
Kailani Silva De Oliveira Colaborador discente UFAC 5 180
Francisco Emersson Alves Neves Colaborador discente UFAC 5 180
Emanuel Kristian Da Silva Pereira Colaborador discente UFAC 5 180
Uesli Lima da Silva Colaborador discente UFAC 5 180
Maria Clicia Lima de Melo Colaborador discente UFAC 5 180
René Morais de Abreu Colaborador discente UFAC 5 180
Pedro Victor Oliveira Dias Colaborador discente Outra IES ITPAC 5 180
Adriele Karlokoski Cunha de Oliveira Colaborador Outra IES ITPAC CZS 5 180
Vinicius de Sena Moraes Colaborador discente Outra IES ITPAC CZS 5 180
Sarah Lisboa dos Santos Colaborador discente Outra IES ITPAC CZS 5 180
Ricardo Tozi Colaborador discente Outra IES ITPAC CZS 5 180
Leticia Calzavara Guimarães Colaborador Outra IES ITPAC CZS 5 180
Junia Silva Resende Colaborador discente UFAC 5 180
Isabelle Victória Martins Vieira Colaborador discente UFAC 5 180
Karine da Silva Rogério Colaborador discente UFAC 5 180
Iara Fernanda Vasconcelos de Oliveira e Silva Colaborador discente UFAC 5 180
Marliton Vinicius Pedrosa Evangelista Colaborador discente UFAC 5 180
Karine Oliveira Lima Colaborador discente UFAC 5 180
Madson Huilber da Silva Moraes Colaborador Outra IES ITPAC CZS 5 180
Andressa da Silva Machado Colaborador discente UFAC 5 180
Safira Almeida Dene Colaborador discente UFAC 5 180
Eloizi Cezar dos Santos Piccinelli Colaborador discente Outra IES ITPAC CZS 5 180
Evandro Piccinelli da Silva Colaborador UFAC 5 180
Maria Rafaela Martins Taveira Coordenador UFAC 6 312
7: Financiamento Externo
Documentos complementares (PDF)

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A ação conta com Financiamento externo?

Não

Nome da instituição

CNPJ

Valor do Financiamento

R$ 0,00

Informações adicionais

Comprovante de parceria ou aprovação do Finaciamento (PDF)

Não enviado